Nova técnica promete aumentar precisão da radioterapia

Feixes de radiação tratam as lesões, inclusive tumores cerebrais, mas os tecidos normais próximos à lesão também sofrem algum dano. Um grupo de pesquisadores anuncia o desenvolvimento de uma nova técnica que ajuda a prever a trajetória da radiação, permitindo maior precisão para atingir as lesões.

O uso terapêutico de radiação geralmente envolve o disparo de raios-X ou elétrons na direção de um tumor, por exemplo. Em sua configuração mais básica, o raio tem uma configuração retangular que penetra o corpo até uma profundidade uniforme. Tumores tendem a ter formas irregulares e partes do raio que não atingir a lesão ou avançam para além de sua profundidade acabam danificando células saudáveis.

A Radioterapia Estereotáxica Fracionada é uma técnica que permite a proteçào dos tecidos saudáveis. Recentemente, uma técnica chamada de Terapia de Radiação de Intensidade Modulada (IMRT) passou a ajudar os médicos a atingir o tumor e poupar os tecidos normais. Esta técnica divide o raio em diversos feixes menores e cada feixe pode ser ajustado para um nível de energia diferente, mais intenso se o tumor for profundo na área coberta, menos intenso onde o tumor é menos volumoso.

Controlar os feixes não é fácil, pois raios-X e elétrons não seguem trajetórias previsíveis dentro do corpo, interagindo de forma imprevisível com os tecidos.

O neurocirurgião Dr. Carlos Mattozo relata que para melhorar a precisão cientistas do Fox Chase Cancer Center da Filadélfia desenvolveram um programa de computador que simula bilhões de viagens para cada raio de radiação a partir de um mapa do corpo do paciente. O programa então analisa estatisticamente os dados e obtém a melhor resposta para que o oncologista possa calibrar o equipamento. O neurocirurgião Carlos Mattozo aplicada esta técnica em casos selecionados de neurocirurgia em Curitiba.