Endonasal

Cirurgia através do nariz possibilita a ressecção de tumores cerebrais

O emprego da técnica endonasal é relativamente recente em neurocirurgia. Durante muitas décadas o acesso cirúrgico para tumores da glândula hipófise foi a craniotomia convencional ou o acesso sublabial, que pode causar complicações nasais e perda da sensibilidade labial. O acesso endonasal pode ser realizado com a utilização de microscópio ou sistema de vídeo por endoscopia. As complicações nasais são mínimas e não se utiliza o tamponamento nasal no pós-operatório, causa de grande desconforto em pacientes operados com outras técnicas, segundo estudo comparativo realizado pelo Dr. Carlos Mattozo e publicado na revista Surgical Neurology. Outra vantagem do acesso endonasal é a possibilidade de atingir outras regiões da base do crânio e possibilitar a remoção de outros tipos de tumores complexos tais como: meningiomas, cordomas, craniofaringiomas e tumores dermóides.

O posicionamento das artérias carótidas é confirmado com o sistema de microdoppler antes da abertura da duramáter e, em casos selecionados, realiza-se o fechamento da abertura da base do crânio com uma pequena tela de titânio. Outro recurso que foi incorporado à cirurgia endonasal foi a neuronavegação que trouxe grandes vantagens ao procedimento tais como: dispensar a utilização de raios-X (radioscopia) durante a cirurgia, localizar estruturas no sentido látero-lateral e facilitar a localização cirúrgica em pacientes que foram operados previamente e que possuem alterações da anatomia nasal. Sistema de vídeo endoscópio também pode ser utilizado em casos selecionados. A técnica endoscópica endonasal é oferecida em sua clínica de neurocirurgia em Curitiba.

Neuronavegação Como Prevenção de Lesão de Artéria Carótida Interna

Utilização da Neuronavegação Como Prevenção de Lesão de Artéria Carótida Interna em Cirurgia Transesfenoidal Endonasal

Dr. Carlos A. Mattozo

 

O acesso transesfenoidal é técnica cirúrgica estabelecida como primeira opção para o tratamento da maioria dos tumores da glândula hipófise. A trajetória obtida com esse acesso favorece a visualização do conteúdo selar evitando-se a realização de craniotomia e retração de estruturas nervosas. O acesso endonasal direto é realizado com a introdução do espéculo nasal através da cavidade nasal até o osso esfenóide. O septo nasal é deslocado em sua porção posterior. A reduzida manipulação de mucosa nasal tem aumentado a aceitação desse tipo de acesso cirúrgico quando comparado ao acesso sublabial. Porém, a limitação de espaço da cavidade nasal provoca um discreto desvio da linha média no acesso endonasal aumentando o risco de lesão da artéria carótida interna (ACI) .

Os sistemas de neuronavegação têm sido de grande utilidade na localização intra-operatória dos tumores cerebrais e sua aplicação tem melhorado os índices de ressecção cirúrgica e reduzido as chances de complicações na cirurgia transesfenoidal para macroadenomas. Uma das vantagens da utilização da neuronavegação em cirurgia transesfenoidal é a orientação latero-lateral. Assim, as relações da sela túrcica com estruturas importantes tais como as artérias carótidas internas e seios cavernosos são visualizadas durante a cirurgia. A técnica de neuronavegação durante o acesso endonasal transesfenoidal tem sido de grande auxílio na localização do posicionamento das artérias carótidas, relata o neurocirurgião Dr. Carlos Mattozo. Tanto a cirurgia endoscópica endonasal quanto a neuronavegação são utilizadas pelo neurocirurgião em Curitiba.